sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pernambuco nas igrejas e Recordes


Curiosidade

      Um dos músicos mais famosos a utilizar a respiração circular é o saxofonista Kenny G. Seu recorde consistia em manter a mesma nota, sem respirar, durante 45 minutos. Porém, este recorde foi quebrado por um Pernambucano, Hilquias Alves, também manteve a mesma nota por 60 minutos.


Dilson Florêncio Mais um Pernambucano

Dilson Florêncio nasceu em Pernambuco e Primeiro e único sul americano a obter o 1° Prêmio de Saxofone do Conservatoire National Supérieur de Musique de Paris (CNSMP), Dilson Florêncio tem uma longa lista de conquistas. Após iniciar seus estudos de saxofone aos 11 anos na Escola de Música de Brasília, ingressou na UnB (Universidade de Brasília), onde estudou com o professor Luiz Gonzaga Carneiro e lutou pela criação de um curso de saxofone, tornando-se, aos 21 anos, o primeiro brasileiro diplomado em saxofone. Em seguida, continua seus estudos no CNSMP com o grande mestre francês Daniel Deffayet.
Dilson Florêncio tem se dedicado à divulgação e propagação do saxofone erudito. Nessa sua jornada, apresentou-se em todo o Brasil e na Argentina, Colômbia, França, Espanha e Canadá. Suas apresentações incluem performances como Recitalista, Quartetos de Saxofones, e como Solista em mais de quarenta concertos com orquestra (sob a regência de maestros como Isaac Karabtchevsky, David Mackenzie, Fábio Mechetti, Roberto Duarte, Osman Giuseppe Goia, Carlos Veiga, Roberto Minczuc, Per Brevig, Silvio Barbato, Ligia Amadio, Pablo Saelzer, Silvio Viegas, Marcelo Ramos e Mário Tavares).
Dilson foi reconhecido igualmente com vários prêmios que - além do prêmio do CNSMP - incluem o prêmio de Vencedor do IV Concurso Jovens Concertistas Brasileiros em 1985 e Primeiro Prêmio nas duas competições regionais que participou na França (1er Prix Supérieur em 1984 e Prix d’Exellence em 1985). Como um profissional experiente, foi convidado a integrar o júri de muitos concursos, entre eles o Concours Léopold Bellan (Paris, 1987) e, mais recentemente, o concurso final do CNSMP, em 2007 (exatamente 20 anos depois que ganhou esse concurso) e o Concurso Internacional Adolphe Sax, em Dinant, Bélgica, em 2010.
Dilson naturalmente compreende a importância do ensino e é apaixonado por ele. Durante sua permanência em Paris (1983-1987), atuou como professor convidado em diversas instituições (entre elas os Conservatoires des 12ème e 17ème Arrondissements de Paris). De volta ao Brasil, foi inicialmente professor da EMB - exatamente onde começou seus estudos. Em 1990, conseguiu mais um espaço para o saxofone no Brasil, ao ser contratado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) como o primeiro professor universitário no Brasil dedicado exclusivamente ao saxofone. A partir de 2012 passa a lecionar na UFPB (Unversidade Federal da Paraíba) e, além de sua posição na universidade, ensina nos principais festivais de música do Brasil, onde tem o grande prazer em motivar e ajudar novos talentos.

Amintas Brasileiro Saxofonista Pernambucano



Amintas Brasileiro

Sax Pernambuco!!!!

O saxofonista brasileiro Alípio C Neto tornou-se, em poucos anos, uma das principais referências da cena free jazz em Portugal. Os vários títulos gravados para a Clean Feed revelam um compositor e improvisador criativo, que explora caminhos entre o hard bop e o free jazz de forma muito pessoal. Desde o álbum norte-americano de 2007 – The Perfume Comes Before The Flower – mantém uma estreita colaboração com alguns dos melhores solistas de Nova Iorque, que o acompanham neste quarteto.
Desde a sua chegada a Lisboa, o brasileiro naturalizado português Alípio C Neto é uma das figuras da cena do jazz criativo em Portugal. Depois de liderar duas formações internacionais (Imi Kollektief e Wishful Thinking) com trabalhos editados desde 2006, Alípio fez uma incursão muito proveitosa a Nova Iorque onde tocou e gravou as suas composições, editadas no CD The Perfume Comes Before the Flower (Clean Feed, 2007), que está na base do concerto desta noite.Este passo revelou-se decisivo para o seu reconhecimento internacional. Os magníficos músicos que o acompanham neste quarteto interpretam as composições de Neto absorvendo-as primeiro para depois lhe dar um cunho muito pessoal. O resultado musical da banda é tanto rítmico como textural, abstracto e concreto, numa combinação de personalidades com percursos musicais muito diversos.
Alípio Carvalho Neto nasceu em Floresta, Sertão de Pernanbuco, Brasil e veio para Portugal para fazer um doutoramento na Universidade de Évora sobre a poética literária e sua relação com a poética musical. E foi em Portugal que se decidiu definitivamente pela música. No Brasil estudara com Hermeto Pascoal, Roberto Sión, Carlos Eduardo Pimentel (Boogie), Dilson Florêncio, Guilherme Vaz e Ian Guest, entre outros.
Ao longo da sua carreira tocou e gravou com diversos compositores, grupos e orquestras de música brasileira, africana e jazz, entre os quais Armando Lôbo, BRAPO (Brasília Popular Orquestra), Clarence Becton, Brian Groder, Torbjörn Zetterberg, Carlos Zíngaro, Scott Fields, Patrick Brennan, Jean-Marc Charmier, Carlos Barretto, Adam Lane, Michael Attias, Gregg Moore, Angelo Olivieri, Fabrizio Spera, Alex Maguire. Lidera vários projectos como IMI Kollektief (Snug As A Gun, Clean Feed), Wishful Thinking (Wishful Thinking, Clean Feed), Alípio C Neto Trio (com Masa Kamaguchi e Federico Ughi) e Alípio C Neto DIGGIN’.
Editou recentemente pela Creative Sources PAURA The Construction of Fear (com Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, Dennis González e Mark Sanders). Alípio acredita que a música deve expressar para além da cosa mentale, a cosa trascendentale, uma poética dinâmica do artifício humano.

CHINA DO SAX

China, um mestre do sax

Aos 76 anos, mais antigo instrumentista de Mato Grosso, ele ensina técnicas de saxofone no Conservatório Dunga Rodrigues e ainda encontra tempo para se apresentar em festas e shows, e está preparando seu novo CD

MÍRIAM BOTELHO
Da Reportagem


Com fôlego de garoto, e uma agenda recheada, o saxofonista China, o mais antigo instrumentista de Mato Grosso já está selecionando as músicas que deverão integrar o novo CD. Um instrumental com base nos ritmos latinos. Detalhe: o moço completou em fevereiro 76 anos. Sinônimo de boa música, e entusiasmo pelo ofício, de segunda à sexta, durante duas horas China ensina as técnicas do saxofone aos alunos do conservatório Dunga Rodrigues. Neste final de semana está se apresentando com Wera Capilé e Abel dos Santos como convidado especial do show "Uma Seresta para Cuiabá".

Ora e outra abre uma brecha para participar de algum CD, e os convites não são poucos. E à noite, a programação é agitada: tem sempre um casamento ou coquetel, onde toca do popular ao erudito.

Com este fôlego, ele ainda arranja tempo para organizar um novo trabalho. O lançamento do novo CD é o grande projeto deste ano. Mas por enquanto está a procura de um patrocinador.

A música, costuma dizer, é a sua alma gêmea, uma extensão de seu corpo. A base de seu repertório são os grandes compositores da música brasileira e internacional. Outra vontade do saxofonista é relançar o CD “Amor, Romance e Saudade”, uma parceria com o músico Abel dos Santos.

A vontade de ensinar e trabalhar só é interrompida por algum motivo de saúde: é diabético. Porque por sua vontade, música seria o tempo inteiro.

Ivonildo Gomes nasceu em 21 de fevereiro de 1929, em Nazaré da Mata, Pernambuco. Iniciou os estudos musicais com o padrinho, maestro João Alves Cantalice. Aos 14 anos passou a integrar a banda “A Revoltosa”. Aos 16 anos foi para Recife, onde trabalhou na fábrica de tecidos Hoton Lins Bezerra, compondo a banda da fábrica. Aos 18 anos, passou a integrar a “Orquestra Pernambucana”. A partir daí, ele mergulhou de vez nas aventuras dos sons fazendo um giro por toda a América Latina. Voltando ao Brasil, fixou-se em São Paulo.

PRIMEIRA BANDA - Na cidade de Bauru, interior de São Paulo, China fundou seu primeiro conjunto. Logo em seguida foi convidado pelo pianista Lalo a formar um conjunto na Rádio Clube, de Campo Grande (MS). Em 1954, a convite de Roberto Brunini, o saxofonista veio para a Rádio Voz D’Oeste, em Cuiabá, integrando a Orquestra Cuiabana de Melodias. Porém, depois de um tempo, deixou a rádio e fundou o conjunto “China e seus Coloretes”. Desfeito o grupo, formou mais três conjuntos, apresentando-se em todos os clubes e boates da cidade.

Em 1967 China gravou em São Paulo seu primeiro compacto - “China em Homenagem ao Operário” - no qual interpreta ao sax, além do Hino do Operário, os sucessos “Coração de Papel” e “Triste Madrugada”. No ano seguinte grava “China Quinteto e Juarez Silva” com Hermeto Pascoal, que também estava iniciando carreira.

No final da década de 60, o saxofonista gravou “China Quarteto”, compacto com sucessos “Amore Escusame” e “Sonho de Carnaval”. E ainda na bagagem: “China Califórnia Band”, com arranjos do maestro Antônio Arruda.

Depois de um bom tempo sem gravar, em 1995 ele retornou com “Romance, amor e saudades”, seu primeiro CD, com a participação de Abel Santos e repertório formada por clássicos da música romântica como “Somewhere Over Raimbow”, “La Barca”, “Eu Sei que vou te amar”, entre outras. Em 2000 lança o CD China 70 anos de vida, 50 anos de Sax. Para contratar o músico 621-1339, ou 99712029.

DISCOGRAFIA

1967- China Homenagem ao Operário

1968- China Quinteto e Juarez Silva

1969- China Quarteto e China Califórnia Band

1995- Romance Amor e Saudade

2000- China 70 anos de vida,50 anos de sax 



Ivanildo Sax de Ouro

Ivanildo José da Silva, popularmente conhecido como Ivanildo Sax de Ouro, nasceu em Amaraji - PE. Começou a estudar música aos 12 anos, na Escola de Música do Colégio Salesiano, onde a paixão pelo saxofone, deixando de lado o propósito dos pais, queriam vê-lo advogado. Com trabalho e talendo, garantiu o respeito e a admiração do grande público, o que lhe garantiu ó reconhecimento de ser o melhor saxofonista do Nordeste, e um dos melhores do Brasil. Clique nos títulos das músicas e passeie pelo maravilhoso som do sax de Ivanildo: Adios/Frenesi / Amapola/Ojos Verdes/Maria Lá Ô / A Noite do meu bem/Ronda / As Pastorinhas/Ta hi / As Rosas não falam/Matriz ou Filial / Beguin the Beguine / Besame Mucho / Bodas de prata / Brigas/Que queres tu de mim / Carinhoso/Smoke Gets in Your Eyes / Carioca - cosita linda / C’est Ci Bon/Quiereme Mucho / Cocktail_for_Two/Summertime / Crazy / Crioula / Ela disse-me assim / Este_é_o_Barbosa / Eu sei que vou te amar / Fascinação / Frases de Amor / Gavião Calçudo / I can’t stop loving you / I just called to say / I’m getting sentimental over you / Karina / La Barca/La Mer / La Vie en Rose/Sempre no meu Coração / Let me tray again / Limelight / Linda Flor/Maria Bonita / Love_Is_A_Many_Splendored_Thing / Love is All / Love Letters/Could have danced all night / Maguari / Maria_Bonita / Marina/Laura / Melancholy Rapsody / Mi Oracion/Linda Flor / Misty / Moliendo café/Caravan / Monalisa/My love for you / Noites de Moscou / O Mundo e o Moinho/Folhas Mortas / O Rebolado_da_Sinhá / O sole mio / Torna surriento / Over the Rainbow/Love is a Many Splendored Thing / Perfídia / Petite_Fleur / Please / Que nem Jiló/Eu só quero um / Quizas/Perfidia/El Reloj / Ranchinho de Paia / Recuerdos de Ypacaray/Índia / Red Roses for a Blue Lady / Relembrando_Timbauba / Renúncia/Dos meus braços não sairás / Roberto Carlos - Diversos / Rosa/Nada Além / Sábado/Chuvas de Verão / Samantha / Samba da minha terra/Falsa Baiana / Saxofone_porque_choras /Siboney / Sleepy Lagoon/Maria Elena / Smoke Gets in Your Eyes / Sonhar Contigo/Sonhei com Você / Stardust / Stormy_Weather / Strangers in the Night/Tenderly / Tardes de Lindóia/Danúbio Azul/Sobre as Ondas/Viúva Alegre/In the Mood / Te quiero Dijiste/Sertaneja / Tequila / Till_There_Was_You / Tres Palabras/Dos Almas / Ultima Inspiração/Rosa de Maio / What a wond / Xodó/Asa Branca

SAXSAMBISTAS BRASILEIROS

O grupo Saxsambistas Brasileiros foi formado nos anos 50 trazendo a sua frente os arranjos de Jose Pacheco Lins e Henrique Gadelman (musico, advogado ligado aos direitos autorais e pai do saxofonista Leo Gadelman). O grupo era formado por um naipe de 04 Saxes Soprano Alto, 04 Sax Soprano Baixo, 02 Sax Tenor e 02 Sax Barítono; além de Flauta, Piano, Guitarra e Bateria. A sonoridade impar do Saxsambistas Brasileiros traz influencias das Orquestras de Jazz Norte Americanas, mas surpreende pela inserção do Samba e da Bossa de forma tão natural e concisa. Os arranjos são primorosos e envolventes. Pode-se passar uma tarde se deliciando ao som deste grupo. Notadamente uma das boas coisas que o mercado fonográfico brasileiro produziu nos 50/60. Ouça gravações dos álbuns Sax Sambando (1959), “Bossa Nova Espetacular” (1961) e “Percussão Em Festa” (1962), Saxsambistas Brasileiros Jaime Araújo de Oliveira, Laerte Gomes, Giuseppe Sergi e Jorge Ferreira da Silva “Jorginho” (Sax Soprano) Moacyr Silva, Zé Bodega, Juares Assis de Araújo and Lourival Clementino de Souza (Sax Tenor) Aderbal Moreira and Genaldo Medeiros dos Santos (Sax Baritono) José Cláudio das Neves (Vibrafone) Tião Marinho (Bass) Waltel Branco (Guitar) Plinio Araújo de Oliveira (Drums) Milton Marçal, Bide e Pedro Melos dos Santos (Percussion)

Bendito Juarez! (Grande sax tenor ressurge, remasterizado, 50 anos depois)


ROBERTO MUGGIATI , ESPECIAL PARA O ESTADO - O Estado de S.Paulo
Quando os Estados Unidos descobriam a bossa nova, o Brasil descobria Juarez Araújo. Em 1962 e 1963, o saxofonista - que os próprios músicos consideravam nosso gênio maior da improvisação - gravava seus três primeiros álbuns para o selo Masterplay: Bossa Nova nos States, O Inimitável Juarez e Masterplay Goes to New York. Agora, meio século depois, estes vinis são lançados em CD pelo selo Discobertas, de Marcelo Fróes, em versão remasterizada, com as capas originais. Numa delas, o texto é de Sérgio Porto, que, entre suas múltiplas atividades, era crítico de jazz: "Nos EUA, grandes tenoristas como Sonny Rollins e Stan Getz conseguem expor com maestria sambas da bossa nova, mas perdem longe para Juarez por falta de apoio rítmico".
Juarez Assis de Araújo forjou sua arte na grande escola da sua juventude, as orquestras de dança. Nasceu em 1930, em Surubim, Pernambuco e ainda menino tocou clarineta na banda do padre Cleomâncio Leão, saxofone na banda do Colégio Salesiano, e todo tipo de sopros quando serviu no Exército. Tocou em igrejas, praças, feiras e bailes. Depois de brilhar nas orquestras das rádios Poty, de Natal, e do Jornal do Commercio do Recife, foi convidado para tocar na orquestra de danças de Clovis Elly, em São Paulo, em 1954. Num depoimento, ele diz: "Nunca pensei que um pobre nordestino de cabeça chata pudesse ir tão longe". O "longe" fica por conta das incursões internacionais - depois que fez o seu nome no Rio, a partir de 1956 - nos festivais de jazz de Montevidéu e Punta Del Este, no início dos anos 60, quando a revista de jazz Downbeat o apontou como um dos cinco maiores sax tenores do mundo. No Rio, Juarez enturmou-se com o "núcleo duro" da bossa (Tom, Menescal, Newton Mendonça) e tocou com João Gilberto.
O Brasil de 1962, com Jango na presidência, após a renúncia de Jânio, vivia grave crise política. Juarez e o jazz não estavam nem aí. Enquanto um punhado de notáveis da bossa defendia nossas cores no Carnegie Hall de NY, ele ralava em inferninhos, orquestras de estúdio, de rádio e TV, bailes e gafieiras, para garantir o leite das crianças.
E a música destes CDs? Cada um reproduz o vinil clássico de seis faixas por lado, média de duração da faixa entre dois minutos e meio e três minutos e meio. Os produtores respeitavam o limite de três minutos das antigas bolachas de 78 rotações. Havia uma vantagem nisso: no espaço restrito de cada faixa, o arranjo tinha de dar seu recado em poucos compassos - um desafio à criatividade. Ninguém sintetizava melhor arranjos e solos do que Juarez. O repertório é eclético: standards americanos (Deep Purple, sucesso da banda de Glenn Miller; Marie, celebrizada por Tommy Dorsey), Blue Moon, Tea for Two; hinos do bebop como Lullaby of Birdland, hits da hora (Matilda, Matilda, Al Di Là), clássicos da bossa (Samba de Uma Nota Só, Bim Bom) e até composições originais, como o Tema Pra Dedé, de Nelsinho.
Uma palavra sobre os músicos: Nelson dos Santos, o Maestro Nelsinho, entrelaça a voz quente do seu trombone com os voos do tenor de Juarez, arriscando-se a fugas e contracantos em temas como The Lady Is a Tramp e I Could Have Danced All Night. Entre os pianistas estão Fats Elpídio. José Marinho e Tenório Jr, tragicamente desaparecido nos anos de chumbo argentinos. Na guitarra, destaca-se Daldeth de Azevedo, o Neco; no contrabaixo, Tião Marinho; Bituca e Juquinha defendem uma bateria bem bossa.
Ruy Castro, autor do livro Chega de Saudade, falando do álbum Jazz Samba, de Stan Getz e Charlie Byrd, observa: "Não achei nada de mais. Sabe por quê? Porque já havia escutado o Bossa Nova nos States, o disco em que Juarez Araújo inverteu a equação para 'samba jazz' e fundou um novo idioma". Ainda iniciante, o saxofonista Mauro Senise tocou com Juarez na Rio Jazz Orchestra: "Era gente finíssima, dava sempre força para os novatos". E o crítico Arnaldo DeSouteiro, que produziu uma das últimas gravações de Juarez (no CD Love Dance, de Ithamara Koorax), retrata o saxofonista: "Respirava e se alimentava de música".
Na cultura mercantilista que se instaurou na MPB pós-TV, nem sempre eram bem recebidos os que respiravam e se alimentavam de música. Por uma cruel ironia, Juarez foi "sepultado" vivo em 1988 pela desinformada Enciclopédia da Música Brasileira, que o declarou morto em 15 de setembro de 1986. Ele sobreviveu 17 anos à falsa notícia: tocando até o último sopro, morreu em 2003, dois dias antes de completar 73 anos. Na verdade, Juarez Araújo não morreu. Continua vivo nas notas calorosas do seu tenor nestas vibrantes gravações.

MOACIR SANTOS


BIOGRAFIA

Moacir Santos é considerado pelos críticos e pesquisadores musicais como um dos principais arranjadores e compositores brasileiros, aquele que renovou a linguagem da harmonia no país.

Moacir Santos nasceu em 1923 em São José do Belmonte-Pe e começou cedo sua história musical, quando se se uniu à banda da cidade Flores do Pajeú, em pleno sertão pernambucano, aos 14 anos, tocando saxofone, clarinete e trompete, entre outros instrumentos. Dois anos depois ele saiu pelo nordeste afora até 1943, quando arrumou um emprego na Rádio Clube de Recife.

Em 1945 foi para a Paraíba, onde tocou na banda da Polícia Militar e na jazz band da Rádio Tabajara como clarinetista e tenorista. Em 1948 ele mudou para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na gafieira "Clube Brasil Danças" durante 18 anos como saxofonista, arranjador e maestro.

Outro longo emprego que teve foi na Rádio Nacional, começando como tenorista da Orquestra do Maestro Chiquinho. Como fazia arranjos sem conhecer as regras, Santos se iniciou em teoria musical com Guerra Peixe e depois foi estudar com o grande musicólogo e compositor alemão Hans Joachim Koellreutter, de quem Santos depois se tornou assistente.

Durante essa década ele começou a dar aulas, mas foi nos sessenta que ficou famoso, sendo professor de grandes talentos, como Paulo Moura, Oscar Castro-Neves, Baden Powell, Maurício Einhorn, Sérgio Mendes, João Donato, Roberto Menescal, Dori Caymmi e Airto Moreira, entre outros.

Em 1951, ele foi convidado por Paulo Tapajós, diretor da Rádio Nacional para ser um maestro e arranjador do elenco, onde permaneceu até 1967. Em 1954, Santos foi para São Paulo onde dirigiu a orquestra da TV Record. Dois anos depois, ele voltou ao Rio de Janeiro, retomando seu trabalho na Rádio Nacional e se tornou regente na Copacabana Discos.

Com o prestígio alcançado no Brasil, Santos gravou em 1965 pela Forma, o seu primeiro álbum solo, "Coisas". Santos compôs trilhas sonoras para muitos filmes como "Love in the Pacific", "Seara Vermelha"(Rui Aversa), Ganga Zumba (Cacá Diegues), O Santo Médico (Sacha Gordine), e Os Fuzis (Ruy Guerra), entre outros.

Em 1967, ele deixou a Rádio Nacional e se mudou para os EUA, indo morar em Pasadena, onde ficou dando aulas de música até ser descoberto por Horace Silver. Em 1985, ele abriu junto com Radamés Gnattali, no Rio de Janeiro, o I Free Jazz Festival. Em 1996, ele condecorado pelo Presidente Fernando Henrique com a comenda da Ordem do Rio Branco. No mesmo ano, Santos foi homenageado no Brazilian Summer Festival em Los Angeles.

Seus arranjos originais para várias de suas composições foram transcritas por Mário Adnet e Zé Nogueira no álbum duplo "Ouro Negro"(2001), que teve as participações de Milton Nascimento, João Donato, Gilberto Gil, e do próprio Moacir Santos, entre outros.

DISCOGRAFIA

1965CoisasForma/Universal Music
1972MaestroBlue Note
1974SaudadeBlue Note
2001Ouro NegroIndependente

FREVO OU JAZZZZ???????????

AIAIAIAIA


PASSO DE ANJO

MESTRE EDSON RODRIGUES


VÁRIOS

                                                    Magic Sax Quartet  de Cuba                                                                                
Ivan do Espirito Santo                           

                                                                                      Sandoval França ( Acre-AC)
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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Aspesax



A Associação Pernambucana de Saxofonistas - ASPESAX, fundada em 31 de março de 2008